No bom clássico na Arena, Grêmio e Inter ficam no empate

Em um grande clássico, de quatro gols e bom público (45.903 pessoas, R$ 1.909.003 de renda), Grêmio e Inter ficaram no empate em 2 a 2, no fim da tarde deste sábado, na Arena, pela sexta rodada do Gauchão.

Foi um Gre-Nal com alguns destaques especiais. Bolaños no Grêmio, D’Alessandro (e Nico López no segundo tempo) lideraram seus times e participaram intensamente da partida.

Foi, acima de tudo, um Gre-Nal dos dois treinadores. Antônio Carlos e Renato tomaram as decisões corretas e foram decisivos.

Quando o Inter voltou para o segundo tempo, o time tinha duas mudanças decisivas: Roberson no lugar do discreto Charles e Nico López no de Carlos, outro jogador de atuação modesta.

As duas trocas mudaram o Inter. Roberson fez o gol de empate, em jogada que teve a participação também de Nico. E Brenner virou em outro lance com participação dos homens do banco.

Em apenas dois minutos, tudo mudou.

No Grêmio, Renato agiu logo. Ao ver seu time em desvantagem, trocou um volante por Fernandinho – que na primeira participação fez o gol de empate.

O Gre-Nal começou como sempre.

Disputado, cheio de reclamações, empurrões e até um lance logo a um minuto que a torcida do Grêmio pediu pênalti de Paulão em Pedro Rocha. Foi um lance perigoso, arriscado do zagueiro, mas normal.

Aos poucos, a movimentação do Grêmio passou a criar dificuldades para o Inter. Com velocidade, boa troca de passes e mais força ofensiva, o Grêmio passou a forçar. Aos 22 minutos, o gol que parecia próximo, aconteceu: Pedro Rocha (escolhido para começar, já que Barrios chegou há uma semana) recebeu na esquerda e deu passe preciso a Bolaños, no meio. Ele concluiu com categoria, no ângulo esquerdo. Um a zero.

Foi o pior momento do Inter. O Grêmio forçou e buscou ampliar, enquanto o Inter sofria com erros de passe e com o futebol modesto de Carlos e Charles.

Na volta, com as mudanças, o Inter adiantou sua marcação e passou a atacar. Aos dez minutos, Brenner recebeu, fez a parede e, no recuo, Roberson chutou rasteiro, no canto direito. Um a um.

Dois minutos depois, D’Alessandro deu a Uendel, que fez um passe preciso a Brenner, por trás da zaga. Com categoria, ele tocou por cobertura, na saída de Grohe. Dois a um.

Ao ver que o Inter seguia bem, Renato chamou Fernandinho e o mandou entrar no lugar de Michel. Na primeira jogada,  ele recebeu na direita, tocou para o meio e bateu forte, de esquerda. Danilo não conseguiu defender. Dois a dois.

Depois disso, Renato fez outra troca buscando o ataque, a de Jaílson por Lincoln, até porque percebeu que Carlinhos, do Inter, não conseguia mais correr, e de Barrios no lugar de Pedro Rocha. Mas ficou assim.

No Grêmio, Bolaños foi o destaque. Mostra que está plenamente recuperado e cada vez mais importante para o time. No Inter, D’Alessandro, pelo futebol, liderança e até pelo discurso no fim, exaltando o futebol da equipe, deixou claro que fez muita falta na campanha do ano passado.

O Grêmio agora esquece o Gauchão e toma o rumo da Venezuela. Estreia na Libertadores contra o Zamora.