Prêmio a um cientista gaúcho, de uma universidade pública

Sempre que leio uma notícia como a desta semana, sobre o cientista gaúcho Jaïrton Dupont, fico tomado de um orgulho especial. Para esclarecer: Dupont figura entre os cem químicos mais importantes do mundo, em ranking divulgado pela agência internacional Thomson Reuters. Ele é o 83º colocado.

O orgulho não se deve a algum sentimento bairrista, mas por um aspecto que costumo valorizar imensamente: Dupont é um cientista de uma universidade pública, a UFRGS, também bem colocada em qualquer ranking que se faça sobre instituições de ensino superior.

Nestas horas, o ensino público, quase sempre criticado, injustiçado, pouco compreendido algumas vezes (sabe aquela história repetida por alguns de que um aluno de instituição pública custa muito caro, como se o ensino de qualidade pudesse ser enquadrado por uma tabela de preços?), tem seu momento de revanche.

Natural de Farroupilha, 52 anos, Dupont foi bem além da exigência mínima estabelecida para fazer parte destes rankings (25 artigos publicados e citações em 50 publicações). No período de 10 anos, ele publicou 120 artigos e foi citado 6.964 vezes em diversas publicações.

Dupont trabalha no Departamento de Química da Ufrgs desde 1992 e confirma aquilo que se sabe no país: pesquisa se faz principalmente em instituições públicas, mesmo quando elas têm carência de recursos, em todas as áreas (é só conferir o que produzem os cientistas do Clínicas, por exemplo). Há grandes estabelecimentos privados, claro, mas a maioria das pesquisas é feita nos laboratórios das instituições estatais.

Poderia ser bem melhor ainda, como o próprio Dupont diz, se alguns entraves burocráticos fossem eliminados e a universidade tivesse mais autonomia, mas a verdade é que, mesmo com as dificuldades, é o ensino público que apresenta os melhores resultados.

Sinto-me muito bem nestas horas. De uns tempos para cá virou moda criticar, às vezes pejorativamente, tudo que é estatal, o que é um equívoco monumental. Há falhas, equívocos que precisariam ser corrigidos, mas não tanto quanto os críticos falam. Há estatais que são exemplares – e há universidades, como a Ufrgs, que são ilhas de excelência.

Dupont melhorou a minha semana.

Sobre mariomarcos

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27 respostas para Prêmio a um cientista gaúcho, de uma universidade pública

  1. Rafael Vianna disse:

    Infelizmente, a UFRGS está tomada por pessoas que poderiam pagar as melhores faculdades do mundo, ou seja, pessoas que pagaram 3-4 anos de cursinhos sem trabalhar só para entrar ali e tem disponibilidade de estudar o dia todo…

    Infelizmente, o propósito se perdeu e apenas algumas breves exceções não são de famílias já ricas.

    • Yuri Camargo disse:

      Esobre o comentário acima:

      deveria se informar melhor antes de afirmar que o reconhecimento de profissionais da UFRGS são breves exceções. Semana passada por exemplo o departamento de Paleontologia do Instituto de Ciencias Biológicas publicou um artigo na revista Science com repercussão mundial, saiu na Zero Hora também. Poderia escrever um enorme texto citando exemplos relacionados.

      E sobre a UFRGS ser tomada por filhinhos de papai ricos que poderiam pagar seus estudos em Harvard, isso não passa de uma enorme baboseira e falta de informação, e até um ” pré-conceito” que vai de encontro ao que afirma o autor do texto.

      Palavras de quem estuda na UFRGS a mais de 4 anos.

    • Daniel NH disse:

      Verdade..

    • Maurício disse:

      Discordo totalmente!!! Que raciocínio tacanho!!!

    • Luiz Martini disse:

      Rafael, esse papinho manjado contra os “ricos” está totalmente ultrapassado. Meu avô era operário braçal, meu pai funcionário público de nível médio, e se não houvesse a UFRGS eu não teria feito Universidade. Só que em vez de ficar me lamentando pelos cantos, deixei de ir a muito cinema, festa e jogo de futebol, queimei muita pestana e virei muitas noites em claro, estudando para entrar, e também para sair diplomado. E a disponibilidade para estudar o dia inteiro não é defeito, é o modelo ideal. Tu achas que os japoneses, coreanos e outros povos que tem excelência de ensino, alcançam isso com gente trabalhando 8 horas por dia e depois levando 10 anos para fazer um curso de 4 anos de duração? Temos que lutar para AMPLIAR o ensino público, e não fazer como o FHC que deixou de investir de propósito nas Universidades públicas para “viabilizar” as privadas, como consta de documento oficial do seu governo apresentado num forum internacional sobre educação das Américas. Que mania mais tosca essa que existe no Brasil de procurar nivelar por baixo, em vez de lutar para que todos os padrões [de saúde, educação, emprego, salários] se elevem.

  2. colorado79 disse:

    Não discordo da importância da Universidade Pública e do mérito desse pesquisador. Mas hoje existe um entendimento equivocado sobre o que é fazer ciência ou pesquisa. O Governo e as instituições de fomento a pesquisa estabelecem como critério o número de artigo publicados. Isso tem causado um estímulo a publicação. No entanto, a maioria desses estudos publicados não tem qualidade. Estamos formando mais mestres e doutores do que nunca, mas que não sabem analisar adequadamente e interpretar os resultados de artigos científicos simples. No caso do pesquisador mencionado na matéria não tenho a menor dúvida da qualidade de seus trabalhos, mesmo sem conhecê-lo. Afinal, teve nada mais do que 6.964 citações em 120 artigos, ou seja, uma media de 58 citações por artigo. Isso demonstra que o que foi publicado tem qualidade e é utilizado por outros pesquisadores em suas discussões. Pena que essa é uma exceção e não a regra. Portanto, não da pra dizer que é por causa da Universidade Pública… É sim devido a capacidade intelectual e de superação de um brasileiro…

  3. Felipe disse:

    Não vi muito sentido no teu raciocínio.

    As universidades federais são consideradas como as melhores no Brasil. Nunca vi nenhuma crítica em contrário.

    Se fosse relacionado ao ensimo fundamental e médio faria algum sentido. Será que esse cientista estudou em escolas públicas?

  4. Henrique Marks disse:

    Obviamente a opinião do Sr. Rafael baseia-se na mais absoluta falta de conhecimento. Mas, para que não fiquemos num simples jogo de palavras, o senhor Rafael poderia apresentar os dados que lhe permitiram chegar a esta conclusão.

    Além disso, rico também paga imposto, e tem o mesmo direito de estudar na Universidade que quiser, inclusive na melhor.

    A Universidade deve ser elitista, mas não elitista de renda. Deve ser elitista de conhecimento: os melhores devem acessá-la, independente de raça, cor, credo e renda. Isto acontece como nós queremos atualmente ? Não totalmente. As cotas estão aí para tornar a situação “menos injusta”. E não há vagas para todos os capazes. Isto tem que ser melhorado: mais vagas, e condições de acesso mais justas. Mas está melhorando nos últimos anos.

    Eu, que pago imposto, fico mais tranquilo ao saber que os estudantes que estão financiados pelo meu dinheiro estão ESTUDANDO, e não trabalhando num comércio, por exemplo, para ganhar uma mixaria e ainda ter sua formação atrapalhada pela sua necessidade de trabalhar. O ideal é que todos os estudantes SOMENTE estudem. Isto acontece em todas as grandes universidades dos grandes países, e o Brasil não deveria ser diferente.

    • Maurício disse:

      Boa argumentação, Henrique. Concordo contigo.
      Valeu, me poupou um comentário!

    • Roberto P. A. disse:

      Também gostaria que os estudantes pudessem apenas estudar durante a faculdade, mas aí acordei do meu sonho e percebi vivo no Brasil e que uma boa parcela dos estudantes precisa ajudar a complementar a renda familiar e/ou se sustentar.

    • Rafael Vianna disse:

      Fatos? Simples.

      Faça uma enquete de renda familiar na UFRGS e você verá que ela passa longe dos mais necessitados.

      Outra coisa: Em momento ALGUM eu critiquei a UFRGS, pelo contrário: É o melhor ensino possível dentro do estado e dentro do País também.

      Pena que para entrar nela não adianta só QUERER tem que PODER PAGAR, e SINTO MUITO. A menos que você seja um gênio, não estudará lá apenas com base no ensino público (sim, eu estudei em escola pública!!!) na sua primeira tentativa. Ok, talvez se você quiser cursar biblioteconomia, vá lá.

      A UFRGS está tomada de mauricinhos, pena eu não ter as fotos aqui do estacionamento lá (e não, não é o dos professores) ou dos colegas de sala de um conhecido (rico, aliás) que filmou a sala…era dificil ver um sem notebook… e não eram do governo…

      E antes de chamar alguém de sem conhecimento, se enxergue e ponha-se no seu lugar, opinião de guri de AP eu dispenso.

      • Helinho disse:

        Acho incompreensível que para alguns o fato de ser rico desqualifique uma pessoa.
        Parece até que é feio ser rico.
        Vejo isso muito na TV. Pra se valorizar as pessoas contam suas mazelas, como se alcançar sucesso sem passar por necessidades ou sofrimentos extremos não tivesse nenhum valor.
        Certa feita vi o jogador de vôleibol Giba no Faustão, e como ele teve uma família bem estruturada começou a contar uma história triste de uma queda que ele sofreu quando era criança e cortou o braço. Só faltou dizer que a mãe veio correndo com um bandeid e salvou sua vida.
        É o famoso coitadismo.

  5. Roberto P. A. disse:

    Lamentável o post que sugere que os cotistas são “menos capazes”. O desempenho na universidade independe da nota na prova do vestibular. Conheci muitos alunos que fizeram médias altas no vestibular, mas que levavam a universidade na brincadeira e sem seriedade. Segundo esse pensamento, os “capazes” deveriam ter desempenho impecável.
    Se o amigo aí de cima não se deu conta ainda, até muito pouco atrás a universidade (UFRGS) era elitista, e elitista de renda sim. Eram poucos os alunos que passavam sem fazer cursinho, e cursinho, custa dinheiro. Acredito que hoje temos uma universidade mais justa, no sentido que ela representa toda a população gaúcha ali dentro, brancos, pardos, índios, negros, amarelos, etc.
    Se eu penso que deve ser sempre assim? Não, e nem será. As cotas foram implementadas em teste e não são permanentes. Uma medida (tentativa) de inserir aqueles que não tinham chance ao acesso de um serviço básico que o estado deve suprir à todos.

    Mas é isso aí, a universidade pública, contra tudo e contra todos, segue figurando sempre à frente de qualquer universidade particular aqui no Brasil, mesmo com a falta de recursos e uma política de investimento que prefere financiar alunos em particulares do que investir em ampliação e melhora das universidades públicas.

    • Jonas K. disse:

      Roberto, acredito em cotas sociais (por renda) e nunca raciais. Aliás, quem pode pagar a universidade, deveria pagar a pública também. Quem não pode e tem condições de passar em um vestibular (qualquer aprovado pelo Mec, público ou privado), não deveria pagar nenhuma.

      • Roberto P. A. disse:

        Também acredito que, se no futuro o sistema de cotas permanecer, será com cotas sociais (por renda). Mas a ideia desta medida é diminuir a diferença da educação entre as “raças” do nosso país. Acho que não há discussão de que o negro e pobre é o ultimo na lista não (o com menos instrução)?
        Quanto ao ponto de pagar pela universidade (pública ou particular) também concordo. Muita gente que estuda na federal não tem compromisso com a universidade. Se matricula em cadeiras e não frequenta, tirando vaga de outros colegas, ou então se formam no dobro do tempo previsto(as vezes nem se formam). Na federal não acho nem um pouco injusto pagar uma taxa de matrícula, mesmo que seja simbólica, para diminuir esses descompromissos.

      • Rafael Vianna disse:

        Acho que nunca concordei tanto com o Jonas K. antes. Penso exatamente o mesmo. Tem condições? Pague a escola pública também. Cota por ‘raça’ é racismo, cota por renda sim é o ideal.

        O pró-uni atende, em parte, a questão da renda nas instituições particulares, o que é ÓTIMO. Mas poderia ser melhor ainda.

  6. Jonas K. disse:

    Não questiono, de nenhuma forma, a capacidade das universidades públicas em pesquisa e ensino científico, mas tenho ressalvas. Primeiro, as universidades privadas simplesmente não tem porque investir nisto, não têm incentivos e muito menos aparato, formando técnicos e não cientistas (erro básico para quem precisa formar professores e adiantar suas pesquisas tecnológicas, como é o caso do nosso país). Já as públicas deveriam fazer uso dos seus conhecimentos e vender patentes, se autofinanciando e aumentando seu poderio de pesquisa. Como falaste, MM, os entraves burocráticos limitam a atuação e geram um sem-número de pesquisas que só existem para preencher as bolsas do CNPq e Capes (não digo que todas são, mas a grande maioria). Convivo com cientistas do Hospital de Clínicas / UFRGS e algumas coisas simplesmente impedem de eles usarem a pesquisa de forma prática, o que me deixa de cabelo em pé. Se inventarem um novo remédio, provavelmente ele não vai passar pelas pesquisas necessárias para ir ao mercado por falta de verbas e não poderá ser vendido ou ser feita uma parceria para as pesquisas, pois a lei impede.

    Alguns ajustes são urgentes nesta área, principalmente o fomento à pesquisa em universidades privadas e a modernização da legislação para patentes públicas. Talvez assim, mais gente competente como o sr. Jaïrton Dupont (sobrenome perfeito para um químico) possa aparecer, nutrindo nossas universidades com pesquisa científica relevante de ponta.

    Um dia vai.

    • Henrique Marks disse:

      As Universidades privadas tem tanto direito a dinheiro de pesquisa quanto as públicas. Inclusive, tem algumas facilidades.

      Por exemplo, vai no site da FINEP agora, e verifica o edital de pesquisa em univ. privadas. Já estão publicados os resultados. Adivinha que o RS foi o estado que ganhou MAIS DINHEIRO, porque tem um monte de universidades confessionais e/ou comunitárias, ao invés das faculdades caça-niquel que imperam em quase todo o Brasil.

      Por que as grandes universidades privadas fazem pouca pesquisa, ainda ? Por que elas perderam o “bonde da história”: a partir de 1995, essas universidades tiveram muitas facilidades para crescer, e desde aquela época deveriam ter investido em contratar pesquisadores. Ao contrário, essas universidades, na sua maioria, continuaram contratando HORISTAS, professores comuns sem nenhuma capacidade de atrair dinheiro e fazer pesquisa. De alguns anos para cá, algumas destas instituições acordaram, e perceberam que, ao ficar refens do dinheiro dos alunos, elas estavam sujeitas a perder mercado para as caça-niquel de 199 por mes.

      Mas, por favor, acessem os sites do cnpq e finep, principalmente, para verem que tem MUITO dinheiro em pesquisa E INOVAÇÃO, principalmente dinheiro federal. Deve-se louvar quandos nossos impostos são BEM investidos.

      • Jonas K. disse:

        Sim, também acho excelente quando nossos impostos são bem investidos. Só penso que perdemos oportunidades quando a falta de uma legislação eficiente e moderna atrapalha o desenvolvimento dos cientistas, das universidades, da comunidade científica e, por consequencia, do país como um todo.

  7. Helinho disse:

    O Direito da URFGS é o melhor do Brasil, segundo avaliação do MEC.

  8. Adriano Colorado disse:

    MM lendo os comentários vi que tem gente que entende do assunto como o JonasK.
    agora permitam um ignorante que nunca passou perto de uma faculdade dar sua opinião.
    meu pai teve a 4º série, eu só pude ir até o 2º grau pois não tinha como pagar uma faculdade em 1986, mas meu filho terá um canudo !
    e acredito que em muitas familias o enredo será ou é mesmo.
    é isso que vai fazer nosso pais mudar de rumo e um dia ser realmente grande.

    na minha época pobre não tinha como fazer faculdade, tinha que se agarrar em alguma profissão ou seguir carreira em alguma firma.

    quanto a faculdade pública o que geralmente acaba acontecendo é que o filho de rico sempre estuda em colégio particular, faz os melhores mais caros cursinhos e depois faz faculdade pública.

    não precisa trabalhar pra se sustentar e pagar os estudos.

    se torna uma concorrência desleal, nada contra os ricos, mas é isso que acontece.

    filho de pobre na ufrgs só se for gênio e mesmo assim os pais tem que fazer um esforço sobre humano.

    é o meu ponto de vista.

  9. Henrique Marks disse:

    Eu insisto que vocês estão ABSOLUTAMENTE ERRADOS COM RELAÇÃO A RENDA DOS ALUNOS DA UFRGS. Já que o senhor Rafael INSISTIU em não trazer seus dados, vou insistir em pedir, e vou começar a justificar os meus.

    Quando entrei na UFRGS, em 1993, o número de alunos de escolas públicas na UFRGS era de 47%. Sim QUARENTA E SETE PORCENTO. Após 5 anos, este número havia caído para 42%, indicando uma TENDÊNCIA atrelada a deterioração do ensino médio público.

    Com o sistema atual de cotas, 50% dos alunos (aprox.) vem de escolas públicas, ou seja, é uma cota simples e fácil de implementar.

    Alguém supos que eu escrevi que os alunos cotistas são “piores”. De jeito nenhum, quando dei aula na UERGS dois dos melhores alunos eram COTISTAS, se não fossem OS MELHORES. Eu não escrevi esta asneira que alguém INTUIU depois.

    O que defendo é o elitismo cultural, independente de berço. Eu GOSTARIA que todos pudessem chegar a Universidade pública atualmente, se assim escolhessem. Mas não existe isto atualmente. Logo, que os MELHORES possam chegar a Universidade. Como medir os melhores ? É impossível. As cotas ajudam a corrigir distorções, e eu defendo-as arduamente, desde que as cotas reservadas sejam absorvidas pelos MELHORES (intelectualmente falando) cotistas.

    É tudo muito simples.

    Mas aí tem gente que fala do estacionamento da UFRGS. Amigos, vocês sabem quantos Pós-Graduandos existem no campus do vale POR DIA ? 2000, pelo menos. Tem 2000 carros no campus do vale ? É CLARO QUE NÃO, NEM PERTO. E nem estou contando os professores.

    Então de onde vem o desequilíbrio entre pobres e ricos que é percebida por alguns na UFRGS ? Afinal, se as pessoas veem deve ter um fundo de verdade.

    O desequilíbrio está nos cursos mais procurados, como Direito, Medicina, e alguns outros. Em Medicina, reza a lenda que num ano entrou UM ALUNO de escola pública. Só um. Claro que é um desequilíbrio. Mas se olhar a UFRGS como um todo, veremos MUITOS alunos do INTERIOR do Estado que estudaram nas boas escolas públicas que ainda sobraram no Interior.

    Então, opinião é uma coisa, papagaiar as mesmas bobagens de sempre é outra.

    • João disse:

      A questão é a seguinte: os ricos pagam tanto ou mais impostos que os pobres. Os impostos sustentam as universidades públicas, logo, os ricos tem tanto diretio quanto os pobres de estarem ali, até porquê, nossas universidades públicas são excelentes e todos querem estudar nelas. O problema são as escolas públicas. Enquanto não melhorarem o ensino básico, essa situação não se inverterá. E para se ter um ensino básico de qualidade é preciso, antes de tudo, valorizar nossos professores. O problema começa muito antes da faculdade.

  10. Márcio Alex disse:

    Mesmo tendo atuação profisssional com a UFRGS desde 1990, Jaïrton Dupont teve sua formação acadêmica/Titulação desenvolvida fora da Úrguis:
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    1988 – 1990 Pós-Doutorado – University of Oxford.
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    1984 – 1988 Doutorado em Química – Université Louis Pasteur de Strasbourg.
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    1983 – 1984 Especialização – Université Louis Pasteur de Strasbourg.
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    1978 – 1982 Graduação em Química – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS.
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    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4781058D6

  11. ubiratan disse:

    Pessoas inteligentes devem ser valorizadas.
    Eu fico mal é quando valorizam a celebridade e não a qualidade!

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