Não paro de pensar em Kehinde, a personagem do fascinante livro Um Defeito de Cor (Record), de Ana Maria Gonçalves.
Terminei há poucos dias a leitura (com muito atraso, confesso, mas sabem como é aquela pilha de livros por ler) das 952 páginas da obra que acumula prêmios e foi enredo de Escola de Samba no último Carnaval.
São quase mil páginas que passam rápido demais, a partir da primeira linha de um texto primoroso.
Ele viaja pelos horrores da escravidão, mas, principalmente, pela coragem e inteligência da personagem inspirada na vida da mãe do poeta Luiz Gama.
Sequestrada quando era criança, veio para o Brasil, enfrentou a vida de escrava, conquistou sua liberdade, voltou à África e construiu uma nova vida, sem nunca desistir de encontrar o filho – vendido pelo próprio pai.
Um dos melhores livros que já li.
Boa dica.