Quem acompanha futebol certamente deve lembrar de inúmeros jogos sendo decididos nos últimos momentos. É o momento da pressão, do esforço derradeiro em busca da reação e do resultado.
É o que considero mais grave na inusitada decisão de Renato de abandonar a área técnica junto com todos os reservas ao não concordar com a expulsão de Diego Costa.
Renato virou as costas para o campo e se retirou aos 47 minutos do segundo tempo. O jogo ainda teria pelo menos cinco minutos – tempo mais do que suficiente para o Grêmio lutar por um gol, que garantiria ao menos o empate. O Bahia vencia por 1 a 0.
Ao sair, Renato passou a mensagem de que não acreditava mais na capacidade de reação de seu time. Deixou os jogadores sozinhos em campo, aceitando a derrota. Agiu como o líder que deixa seus comandados em meio à batalha.
Ele pode ter suas razões para criticar duramente o árbitro (até porque Bráulio Machado, apesar de Fifa, passa uma insegurança danada), mas há outras formas de protesto.
Retirar-se daquela maneira, abandonando o time, não parece a decisão correta para alguém que se orgulha de sua capacidade de liderança.