Inter joga bem, mas perde para o Atlético no último lance

Ao caminhar para o vestiário, no fim do primeiro tempo, o experiente Alan Patrick lamentou as chances perdidas contra um adversário com a força do Atlético-MG. “Em jogos assim, é preciso aproveitar”, disse. No final, ele deve ter lamentado as chances perdidas (uma delas por ele mesmo), ao ver o Atlético reagir, marcar no último lance da partida e garantir a vitória de 2 a 1, na noite desta quarta-feira, diante de 7.791 torcedores, no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma.

Foi, acima de tudo, um confronto de qualidade entre dois times que buscaram a vitória o tempo todo.

Com mudanças na zaga (Mallo na lateral, Robert Renan na zaga), um meio preenchido por dois volantes (Thiago Maia e Rômulo), mais Alan Patrick e dois jogadores pelas pontas (Wesley e Wanderson), o Inter pressionou desde o início – e, com marcação adiantada, controlou todas as tentativas do Atlético.

A primeira das chances lamentadas por Alan Patrick foi desperdiçada por ele mesmo. Aos 29 minutos, Wesley cruzou da esquerda e a bola chegou a Patrick, livre, na pequena área. Ele desviou fraco e permitiu a defesa do goleiro. Aos 39, outra oportunidade clara. Bruno Henrique avançou livre, chegou à área e bateu, mas sem força. Outra vez o goleiro salvou. Aos 40, foi a vez de Wesley e nova defesa.

O Atlético só ameaçava quando a bola chegava a Hulk. Com força e técnica, ele mantinha a zaga do Inter em alerta – e, no fim, acabaria sendo decisivo para o resultado.

O segundo tempo começou com o mesmo ritmo do primeiro. O Inter tentando chegar ao gol, o Atlético respondendo com a força de Hulk e a velocidade de Paulinho – e apostando nas bolas sempre perigosas cruzadas por Scarpa. E em uma delas, saiu o gol: Scarpa bateu escanteio da direita, Cadu subiu e desviou. A bola ainda bateu na cabeça de Rabelo antes de chegar à rede. Um a zero.

O Inter passou a perseguir o empate, o Atlético a buscar os contra-ataques. O esforço deu resultado. Aos 18 minutos, Wesley entrou na área, driblou Igor Rabelo e foi derrubado. O árbitro deu sequência ao jogo, mas foi chamado pela equipe de vídeo. Conferiu o lance e confirmou pênalti. Alan Patrick, que parece ter recuperado o ritmo depois da lesão, bateu com emoção, aos 21 minutos. O bom goleiro Matheus Mendes saltou no canto e defendeu, mas a bola voltou para o lugar de Patrick, que bateu de voleio (foto). A bola ainda tocou no chão, subiu e chegou à rede. Um a um.

Pouco depois, Eduardo Coudet trocou Rômulo por Aránguiz. Depois, os cansados Wesley e Wanderson por Hyoran e Gustavo Prado.

Ficou um confronto perigoso para os dois lados. O Inter pressionava, o Atlético respondia com a força e a categoria de Hulk, que quase marcou aos 40 minutos (a bola passou bem perto da trave direita). Aos 47, o Inter quase marcou com Alan Patrick (Rabelo salvou) e, a partir daí, o experiente Atlético tratou de manter a bola longe de seu gol – e contou com os vacilos da defesa do Inter, que concedeu três escanteios em sequência quando o jogo se encaminhava para o fim dos acréscimos.

No terceiro deles, a bola sobrou para Hulk na direita, com Alan Patrick – que não tem vocação para isso – na marcação. Hulk driblou com facilidade, foi ao fundo e teve tempo de olhar antes de cruzar com categoria, diretamente atrás da zaga. Rômulo mergulhou e, de peixinho, acertou em cheio de cabeça. Bola na rede, 2 a 1, derrota do Inter.

Foi só dar a saída para o jogo terminar.

O time gaúcho volta ao Heriberto Hülse no domingo, desta vez como visitante para enfrentar o Criciúma.

Sobre mariomarcos

Jornalista, natural de criciúma, fã incondicional de filmes, bons livros e esportes
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