Vocês já devem ter lido ou ouvido a história das manifestações racistas em show de Seu Jorge, no último fim de semana, em um dos salões do Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. A polícia investiga, o clube tenta reduzir os prejuízos, o debate invadiu as redes sociais.
Seu Jorge não tinha se manifestado até a noite de segunda-feira, quando divulgou vídeo dirigido aos gaúchos. Vale a pena acompanhar:
mariomarcos.wordpress.com 
Há um áudio muito revelador do presidente do clube quase que culpabilizando a vítima ( roupas inadequadas, gestos inadequados, etc). Nesse mesmo áudio ele se refere a um jurista que se manifestou (Lenio Streck) com o xingamento preferido dessa burguesia – esquerdista, como se fosse isso algo a desqualificar o Lenio.
Ter dinheiro nunca significou ter cultura e isso nunca esteve tão claro.
Está ficando difícil ser gaúcho. Aquele orgulho que sempre sentimos, está se transformando em vergonha. Além desse caso de racismo lamentável, o Rio Grande também é um dos estados em que existem mais denúncias de assédio de empresários a seus empregados para votar em Bolsonaro. O coronelismo, que era comum no Nordeste, está migrando para o Sul!
Só não gostei da maneira que ele protestou. Por que colocou a bandeira do RS no fundo? Para de alguma forma impichar o RS como um estado racista. É a imagem que se tem do Rio Grande lá no eixo Rio-SP. Nunca conseguem ou não querem isolar o fato e atribui-los exclusivamente a quem é cabe. Sempre tem que clocar todos no mesmo saco.
E será que lá no Estado dele ele não sofre com raciosmo também? E se sofre colocaria a bandeira ao fundo?