O lamento (e o grande desafio) de Diego Aguirre

Alexandre Lops/DivulgaçãoO surpreendente empate em 4 a 4 com o São José na noite de quarta-feira, no Beira-Rio, mostrou claramente ao técnico Diego Aguirre que ele terá uma tarefa nada fácil nos próximos dias, antes da estreia na Libertadores: encontrar um jeito de reforçar seu sistema defensivo sem comprometer força ofensiva que passou a ter com os reforços.

Foi assim na noite do Beira-Rio. Mesmo quando o Inter vencia por 3 a 0 e a torcida se entusiasmava com a velocidade do ataque, o sistema defensivo revelava dificuldades. O São José atacava com liberdade, tirando proveito de um meio-campo aberto, sem recomposição. O castigo veio no segundo tempo com o empate.

Aguirre sabe que não precisa encher o time de volantes para melhorar a defesa, mas terá de encontrar um meio de fazer com que seus meias e atacantes ao menos fechem os espaços rapidamente, para evitar os contra-ataques.

O problema foi tão evidente que o presidente Vitorio Piffero desabafou. Disse que o time precisa reforçar a defesa e chegou a citar a incapacidade de Sasha de marcar.

Aguirre também estava inconformado.

Fizemos um jogo na parte ofensiva. Melhoramos neste aspecto. Criamos muito e marcamos quatro. Mas é difícil de acreditar como um time como o Inter marca quatro gols e não ganha. Estou muito mal, chateado. Isso não pode voltar a acontecer se a gente quer algo grande na frente. Não posso aceitar tomar quatro gols.

– Em qualquer esquema, é inadmissível levar quatro gols – completou.

No sábado, Aguirre terá um segundo jogo no Beira-Rio, contra o Novo Hamburgo. Mais uma chance de buscar os ajustes. 

Sobre mariomarcos

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30 respostas para O lamento (e o grande desafio) de Diego Aguirre

  1. Marcião disse:

    O Píffero falou uma bobagem sem tamanha quando cita a incapacidade do Sasha marcar. Ora, quem tem que marcar é os volantes, e laterais e zagueiros. Ou mete a mão no dinheiro e traz alguém capaz de marcar ou fica de boa vendo o corredor aberto. Atacante tem que atacar. Simples assim.

    • Guasca disse:

      Avenida Fabricio….

      • Marcelo - Rio de Janeiro disse:

        No ano passado, Fabrício jogou uma ou duas partidas bem para oito ou nove péssimas. Não marca bem e nem sempre ataca bem. Falta inteligência para esse jogador. Seu reserva, Alan Ruschel, teve algumas chances, no ano passado, e decepcionou. Ou seja, estamos muito mal de lateral esquerdo.

    • juliano disse:

      Isso é futebol do passado! Todos tem obrigação de, ao menos, apertar, fechar, tirar espaços e, com a bola, jogar. Agora, não é como o Pífio quer, encher de brucutus que não sabem o que fazer com a bola! É que ele comprou o engananderson e agora já quer escalar o cara.

      • Marcião disse:

        Lógico que o atacante pode marcar, mas não é ele que tem a obrigação e a responsabilidade de fazer isto.
        Não adianta exigir que o atacante marque se a defesa deixa o adversário jogar. Uma entrevista ou uma frase como esta pode acarretar uma pressão sobre um jogador que hoje é um dos melhores do plantel, enquanto isso quem tem que marcar não é lembrado.
        O Píffero que tome atitude e busque jogadores que fechem o time, como volantes e laterais.

      • Marcião disse:

        Essa tese me lembra o Damião, que muitas vezes jogada fora da área pra ajudar ali fora.
        Um time que não chuta de fora da área como o Inter, tem que ter atacantes participativos e focados. Como dizia um treinador a algum tempo, um time começa pela defesa. É isso que temos que arrumar.

      • Rafael disse:

        Outro problema é a falta de retenção de bola e qualidade de passe de nossos armadores. Jogada de ataque deve ter finalização. O que vemos são os armadores perdendo a bola bisonhamente e deixando a defesa desguarnecida.

  2. Zeca Nivete disse:

    Avenida Fabrício…. [ 2 ]

  3. nei disse:

    como ta difícil achar alas bons…. principalmente na esquerda….SEMPRE foi o problema no Inter…
    agora com o queridinho fabricio estamos bem pegados….

  4. nei disse:

    e as férias não fizeram bem pro Alisson..
    ta lento, parece um gordo caindo na bola….
    daqui a pk vai perder a vaga pro Muriel….

  5. BAGUAL disse:

    Grata surpresa o Luque, parece aqueles pontas das antigas, eu sempre digo…jogada de linha de fundo é fundamental.

  6. edi tavares disse:

    pelas entrevistas do Vitório, além do cargo de vice de futebol, logo acumulará o cargo de treinador também

  7. Rodrigo Fifa disse:

    1- Todo dia aparece uma matéria dizendo que Fulaninho pode pintar porque jogou com o Aguirre em 13 de janeiro de 2003, num campo de pelada em Montevideo. Podia achar um lateral esquerdo, em vez de indicar amigos.
    2- Teve um gol de cabeça do Zequinha que foi uma vergonha. Passearam em cima do Fabrício e do Nilton, aí cruzaram na cabeça do atacante.

    3- É possível que Aguirre coloque Anderson e Aranguiz juntos, como volantes que sobem alternadamente.

  8. Fifaldino disse:

    O “Multi Canoas” é um ímã de desgraças. Cada vez que ele dá o ar da (des)graça o greminho afunda mais um pouco. kkkkk!!!

  9. Maurício disse:

    O setor ofensivo melhorou ma non troppo né… O Nilmar mesmo ainda parece um tanto amarrado, muito longe do esperado, e o RM seguir como opção principal é desanimador; tenho convicção de que o Maurides, bem orientado, faria mais. Menos mal que o Vitinho – mesmo que ainda meio perdido – e o Sasha finalmente mudaram o cenário. Não achei má jornada do Dale e do Aránguiz, pelo contrário, era previsível que a mobilidade da gurizada iria facilitar a vida deles… mas em determinados momentos pareciam orientados a priorizar a composição, ajudando a fechar espaços e tal.
    A defesa é uma incógnita. Nenhum dos gols que levamos foi de contra-ataque, e mesmo assim sempre tinha um adversário livre por ali… O lado do Fabrício me parece claramente pior, nem quero mais falar desse cancro, mas o Winck perdeu algumas bolas bobas por enfeitar demais. De qualquer modo, parece agregar mais ao time, pois recompõe com mais facilidade, alterna jogadas entre flanco e meio e ainda aparece como opção de cabeceio na bola parada.
    O Nilton segue devendo, lento, por vezes parecia meio perdido ali; desse jeito não pode ficar sozinho à frente da área. E o Bertotto, depois de surgir bem, com imposição física e muito acerto de passes, nunca mais fez uma jornada daquelas. Alguém sabe quando o Welington-boneco-de-ventríloquo volta???
    Paulão e Ernando se entendem bem mas têm apagões frequentes demais; insisto que gostaria de ver uma sequência de Réver e Alan. E o seu Alisson… Não é que seja ruim, faz suas boas defesas, se coloca bem e tal mas… Além do Mal de T-rex ele tem outra semelhança com o irmão: não é aquele salvadoooor de jogos. A cada 4 ou 5 chutes, um entra. Me parece não ter o suficiente pra um goleiro campeão de Libertadores. Tomara que eu esteja bem errado.

    O gol no início deu aquela anestesiada geral, e os 3×0 trouxeram de volta a velha sensação de ‘jogo ganho’… Ainda é difícil dizer se o time de 2015 é pior ou melhor que o anterior, ou até mesmo estabelecer conceitos mais aprofundados sobre o trabalho do Aguirre, mas uma coisa já me salta aos olhos: a apatia dele me parece incapaz de inflamar o time quando necessário.

    • Maurício disse:

      Bah, o Luque tava há tanto tempo fora que até me esqueci de mencionar a boa estreia dele. Ontem fez mais que em toda a temporada anterior… Parabéns guri!
      Falando em bater números anteriores: será que o Vitinho leu a choradeira do capitancito na terça-feira???

    • christian disse:

      nas peças o time é melhor que o do ano passado , falta agora é formar um time de verdade , organizado e solido o que eu acho que essa não é uma missão para o aguirre.na entrevista de ontem o aguirre falou a mesma coisa quando empatou com o lajeadance ” ahh derrotas e empates que nós ensinam” o discurso já ta pronto. me lembra um pouco o celso roth ” o time jogou bem mais não ganhou”.

      • Maurício disse:

        Lajeadance parece nome de boate… kkkkkkkkkkkkk

        Pois é… A m&rda é que são só dois jogos, e ainda tem gente chegando… Vamos ter de dar mais um crédito pro homem.

  10. 66 disse:

    Sigo com fé que o Ânderson será a cereja do bolo e ajeitará esse time do Inter.
    Tá mais do que na cara que o time do Inter, seja lá qual for o ataque ( Rafael Moura não conta ), tem um meio-campo lento e previsível.
    O Ânderson pode ser esse diferencial no meio da mesmice. Porque eu sou do tempo que o meio-campo era o setor vital do time e que ganhava as partidas.

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