
Felipão tem repetido que o Grêmio vive uma fase em que tudo o que importa é conquistar pontos. Depois, pensar na qualidade do futebol. Pois bem, o Grêmio cumpriu o padrão na noite desta quarta-feira, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. Venceu por 1 a 0, jogando o suficiente, subiu para 13 pontos e fica a quatro do próprio adversário da noite, bem mais perto de sair da zona do rebaixamento.
Na próxima partida, sábado à noite, enfrenta o Bahia na Arena.
O Grêmio chegou a Cuiabá sabendo que enfrentaria o calor sufocante, a baixa umidade e, acima de tudo, uma partida vital para ter esperanças de sair da crise atual. Fez um gol, ainda no primeiro tempo, e no resto da partida fez o suficiente para conter o esforço do Cuiabá- Levou poucos sustos, o principal deles uma bola no travessão, no fim da partida.
A vitória passou pela qualidade superior do volante Maicon, escalado ao lado do estreante Villasanti. Em um lance, ele definiu o jogo – voltou a sofrer com o drama permanente de suas lesões. Foi um drama em três atos:
Aos 10 minutos, ao dar um passo largo demais, Maicon sentiu a musculatura da coxa direita e precisou de atendimento. Saiu mancando do campo, mas voltou, quando Lucas Silva já apressava o aquecimento.
Aos 18 minutos, sentindo a dor da lesão, deu um passe preciso, no seu estilo, para Alisson, que avançou e já dentro da área caiu na disputa de bola. O Grêmio pediu pênalti, mas o jogo seguiu. Dois minutos depois, o árbitro parou o jogo para conferir no monitor. Viu a repetição do lance e confirmou o pênalti, que Borja cobrou com categoria, aos 24 minutos.
Um a zero ainda com Maicon em campo.
Aos 27, o terceiro ato: Maicon caiu, disse que não aguentava mais e saiu de campo chorando. Perto de completar 36 anos, ele sofre com as lesões frequentes, a ponto de ter anunciado que não renovará o contrato com o Grêmio em dezembro.
Para sorte do Grêmio, os pouco mais de 20 minutos em campo foram suficientes para Maicon fazer o lance que seria decisivo – uma das poucas jogadas de qualidade de um jogo muito ruim.
Felipão trocou Maicon por Lucas Silva e o time sentiu. O Cuiabá passou a atacar mais, até porque o Grêmio recuou, mas não teve forças para chegar ao empate – e só não sofreu o segundo porque Wagner fez uma excelente defesa em bola cabeceada por Borja, na pequena área, depois de cruzamento de Douglas Costa.
No segundo tempo, o Cuiabá tentou mais, quase exclusivamente pelas iniciativas individuais de Clayson. Ele perdeu chance aos dois minutos, forçou Chapecó a uma grande defesa aos nove, bateu falta com perigo aos 15 e quase marcou aos 43, quando ajeitou a bola e bateu em curva, de pé esquerdo, acertando o travessão.
O Grêmio tratou de garantir o resultado. Recuou e deixou Borja encarregado do combate aos zagueiros do Cuiabá. Foi outra boa partida de Borja. O paraguaio Villasanti também mostrou naturalidade no meio. Arriscou pouco na frente, mas foi correto na ajuda ao sistema defensivo.
O Grêmio enfrenta o Bahia no sábado, sem o volante Thiago Santos e o lateral Vanderson, que levaram amarelo. Lucas Silva saiu de campo com dores no joelho e Maicon dificilmente terá chances de jogar. De qualquer maneira, será o jogo para o Grêmio ficar bem perto da saída da zona do rebaixamento.

Por enquanto, me parece ser apenas a melhora do morimbundo. Algo assim como o último suspiro. Borja goleador de pênaltis.
Garantiu a vitória, mas não precisava jogar tão mal assim. Renunciou ao jogo. Passou o segundo tempo fazendo cera. Perdiam qualquer dividida. O jogar com raiva, ficou só na retórica. Jogaram com muito medo.
Se alguém dissesse hoje que o Palmeiras chegou a oferecer Rafael Veiga, Roni e Scarpa pelo JP, ninguém acreditaria. Se arrependimento matasse…
Maicon parece de vidro. Qualquer coisa quebra. O descalabro que é esse meio campo atual nos faz pensar o quanto o tricolor deve a ele pela boa fase passada.
Thiago Santos é quase expulso por uma jogada estúpida, onde atinge a cabeça do adversário com o braço. A troco de quê, numa disputa de bola lá na intermediária ?
A gente malha o Alisson pela ruindade, mas a verdade é que ele, nos últimos jogos, fez infinitamente mais do que Douglas Costa, o craque do salário milionário, eternamente fora de forma. Realmente não entendi por que o Vanderson, um lateral ofensivo, ficou parado lá atrás, em vez de atacar enquanto o DC deveria enveredar pelo meio. Ordem do Felipão ?
Rafinha na esquerda é muito melhor do que Cortês ou Diogo. Pena que Vanderson está fora do jogo contra o Bahia e Rafinha deve ir para a direita.
Vi Palmeiras 3×0 São Paulo. Palmeiras jogou muito. Marcação forte, sem espaços. Jogadores rápidos e de muita qualidade. Quando a gente olha para o Grêmio, hoje, parece outro planeta.
Tempos difíceis.
Nem fale em Palmeiras e Flamengo. Não dá nem para pensar em um jogo do Grêmio contras estes dois hoje. O vexame seria enorme. De um jeito ou de outro: se tentar sair para jogo será goleado. A opção “menos vergonhosa” (eu acho) seria colocar os onze dentro da sua grande área e passar 90 min só espanando a bola para qualquer lado. Se bem que, na fase em que o Grêmio está, seria bem capaz de em uma destas espanadas a bola ir contra o próprio gol e o adversário vencer por um a zero gol contra com um gol contra. Que fase!!
Ah, me esqueci do Atlético MG
Ah, se o Grêmio tivesse jogado assim contra o São Paulo…
Tinha levado 5.
Que jogo horrível!!
A última vez que vi o Grêmio jogar tão mal assim foi em…
…2015 com Felipão.
Ou o Grêmio acha um técnico competente no exterior, assim como o Flamengo em 2019, ou o Fortaleza e Palmeiras agora. Ou, assim que Róger sair do Flu, ou Fernando Diniz sair do Santos contrata um dos dois para o time voltar a jogar futebol, depois, contrata Renato ou Cuca para voltar a ganhar algum título, ao menos um.
Pra quem não entendeu, eu explico. Róger e Diniz arrumam a casa, praticam um futebol bonito mas não ganham título. Renato e Cuca quando pegam um time assim, organizado, dão o toque final pra ganhar títulos.
Na verdade, se desse para colocar o Renato junto com o Roger, somando as competências, seria o ideal.
Exato. Eu também já disse isso.