Inter: quando o simples vira a grande solução

O futebol, por vezes, parece bem mais simples do que se imagina. O grande segredo está na capacidade dos treinadores de perceberem o que deve ser feito – e como chegar ao objetivo proposto, de acordo com o material humano disponível.

Foi isso que ficou claro na vitória do alívio para o Inter no último sábado, no Bento Freitas.

Guto fez o mais simples. Organizou a defesa, escalou um meio-campo capaz de marcar, fechar os espaços e atacar, deixou D’Alessandro livre para circular pelo campo e, com isso, deu mais força ofensiva à equipe.

Ou seja: fez o simples, sem complicações, deixando de lado os equívocos cometidos em rodadas anteriores. Se não há tempo para treinos, repetições e ensaios sobre alternativas táticas, o melhor é partir para o descomplicado.

Ao não contrariar uma cláusula pétrea do futebol – a de que tudo se decide no meio -, Guto interrompeu a fase de descrédito, voltou ao G-4 e terá tranquilidade para aprimorar o esquema nestas duas semanas de apenas dois jogos (nos próximos sábados) e de treinos fechados no Vila Ventura, em Viamão.

 

Sobre mariomarcos

Jornalista, natural de criciúma, fã incondicional de filmes, bons livros e esportes
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27 respostas para Inter: quando o simples vira a grande solução

  1. Maurício disse:

    É preciso que a vitória pontual sobre o Xavante seja corretamente dimensionada, inclusive considerando o fato de que o Inter vem tendo melhor rendimento fora de casa.
    Na real, é a partir de agora que o Guto vai poder mostrar [ou não] trabalho e ser devidamente cobrado por ele. Convém lembrar que o Zago piorou o time em todas as oportunidades que teve a semana inteira pra treinar.
    Aguardemos.

  2. Maurício disse:

    O negócio é fazer o time jogar em função do Dale. kkkkkkkkkkkkkkk

    Aliás, ninguém mais sequer menciona as pifadas que o Rey distribui, é rotina.
    Agora, ele que experimente errar um pênalti pra ver o que acontece…

  3. analista disse:

    Bom, o esquema com três volantes já funcionou e desfuncionou anteriormente… é como disse o amigo lá em cima: o Inter jogou fora, com espaços. No Beira Rio, como se sabe, o time tem apresentado dificuldades – históricas – contra times mais fechados. Então, retomo o que tinha falado antes, questionando se não deveria sair o Edemilson – jogador medianozinho – para ingresso do Juan ou do Sasha no meio, com dois atacantes na frente, Nico e Brenner?
    Meu time ideal, em tese, tem Danilo, Fabinho (Winck, se vingar), Klauss e Cuesta, Uendel; Charles, Dourado, Dale e Sasha (ou Juan); Nico e Potker (Brenner).

    • Andreas Boos disse:

      Problema do sasha marcar eh que ele ou cansa rapido ou sai lesionado… entao nao iria com ele e sim com o juan direto, “banqueando” o sasha e o deixando pro segundo tempo. Em relacao ao edenilson… eu gosto dele no meio… bom fazedor de triangulacoes com o LD. Nesses que voce escolheu eu tiraria o dourado que nao ta rendendo nada nos ultimos tempos. E na frente pensaria no nico como atacante e o diego chegando de traz em velocidade.

      • Andreas Boos disse:

        lembrando que o potker ta lesionado.

      • analista disse:

        Bah, criticando Dourado???? Bom, cada um com seu gosto…, eu o acho um ótimo volante, ainda que falte o chute a gol e o cabeceio…, mas para mim é um dos melhores jogadores do Inter, fácil.

      • analista disse:

        O negócio é o seguinte: o jogador (volante ou meia) tem que ter a qualidade ofensiva suficiente para abrir uma defesa: drible, velocidade, chute, passe, ou seja, articular, assisitr e concluir, daí pode ser volante, zagueiro, ponta esquerda, não tem problema algum… Se me derem o Xabi Alonso, o Kross e o Busquets jogo com três volantes sempre!!!! A questão é se o Edenilson e o Charles podem fazer isso! Podem? Se puderem, ótimo! não precisamos de mais um meia junto ao Dalessandro!

    • 66 disse:

      Pra que 3 volantes em casa se o adversário vem fechado???
      Quem esses 3 volantes marcam??
      Todos repetem a mesma coisa…jogadores, dirigentes, técnicos e torcida. Que os adversários quando enfrentam o Inter no Beira-Rio, jogam fechados. Aliás, enfrentam o Inter no beira-Rio, o Corinthians, no Itaquerão, o Palmeiras, na Arena Palmeiras, o Atlético e o Cruzeiro, no Mineirão, ou seja, todos os times grandes quando jogam em casa contra times menores.
      Que ladainha.
      Basta admitir que o time é fraco. Quando o Inter teve time bom e competitivo, sempre passou por cima e as eventuais derrotas ou empates, foram acidentes de percurso.
      Agora é uma dificuldade gigantesca. Com o treinador ajudando, a dificuldade só aumenta.

      • Rodrigo R. disse:

        66, a criatividade muitas vezes está mais na volância do que na articulação, às vezes para resolver um problema de criatividade e até de ataque vale mais a pena contratar um volante que um meia ou atacante, por solução direta ou indireta do aspecto ofensivo. Acho que não devem existir mais primeiros volantes, não vejo sentido nisso. Seja primeiro ou segundo, volantes no Brasil, em geral, lembram retranca, defesa, isso é atrasado, nos campeonatos europeus sinto alivio nos olhos com essa posição “eminentemente defensiva”.

        Há cerca de 2 anos o meio do Grêmio tinha dois volantes: Maicon e Wallace, com Giuliano e Douglas como meias. Giuliano foi vendido, e Ramiro tomou a posição e jogou como nunca jogou na vida, encaixou. Desde então o Grêmio joga com três volantes e um cara criativo (Douglas, depois Bolaños, e agora Luan, depois que Barrios entrou no ataque). Wallace saiu, entrou Michel, Maicon se machucou entrou Arthur e o Grêmio com o trio Michel, Ramiro e Arthur ficou num 4-3-3 que vira 4-4-2 com a “visita” de Luan, e o meio campo fica ainda mais criativo com Moura, um lateral, mas habilidoso e com imensa lucidez, é um meia quase. As lesões todas formaram o melhor Grêmio no ano, e esse Grêmio tem sua criatividade e agressividade em três volantes e um lateral. O Grêmio sempre busca a marcação alta, Ramiro busca rebotes dentro da área e Michel busca o cabeceio como centroavantes. Luan, no início do ano não estava jogando nada e só não foi para o banco porque é bruxo, como todo o time da copinha do brasil, o 4-3-3 com 3 volantes salvou o futebol dele. Temo que Edilson, bruxo e pereba, tome o lugar de Leo Moura, que está quase recuperado, assim como temo que Cortes volte para o banco de Oliveira, outro bruxo pereba.

        A questão é que volantes e laterais que saibam jogar e que se movimentam colocam o time perto da área adversária. É muito mais fácil atacar. tomando a bola no meio que tomando ela na defesa e tendo que cruzar o campo, com bolas espichadas e correria, com o cara com a posse da bola sozinho, sendo o mais avançado, tendo que esperar o resto subir.

      • 66 disse:

        O Gremio achou esse Arthur e o time se encaixou.
        Os apaixonados pelo Rodrigo Dourado deviam deixar o clubismo de lado e ver o Arthur jogando. Talvez enxerguem o quanto o Dourado é deficiente na hora que o Inter está com a bola. Pode ser um bom marcador, mas volante de qualidade é justamente aquele que sabe o que fazer quando está com a bola e sabe se projetar à frente, tabelar e contribuir na parte ofensiva do time.
        O Arthur joga o tempo todo de forma objetiva. Pra frente. Faz o básico 2 – 1…passa e recebe na frente. E assim o time vai evoluindo, com pequenas tabelas, troca de passes e muita movimentação dos demais jogadores do meio.
        O próprio Ramiro, aparece a todo momento na frente, desmarcado, porque ele vem de trás, sem marcação e em todas as partidas uma hora ou outra se projeta.
        O Luan joga solto, se movimentando, como um determinado jogador colorado devia jogar,
        A diferença hoje do Gremio para o Inter está nessa intensa movimentação dos jogadores do meio. Enquanto no Gremio o melhor jogador atua em todas as partes do campo ofensivo, no Inter o craque joga numa faixa limitada do campo.
        Tirando o Michel, os demais jogadores do meio gremista marcam e se projetam na frente. Todos fazem gol. No Inter, nem Dourado, nem Edenilson e muito menos o Uêndel, fazem gol. Ou seja, tudo fica restrito aos atacantes. As peças não se completam. O Inter faz muita força pra jogar.

  4. analista disse:

    Lembrando que Sasha ajuda a marcar, bem como Fabinho torna o time mais fechado… Se quiser apostar na força das laterais há Winck e Carlinhos… mas é por aí…

  5. Rodrigo R. disse:

    O futebol, por vezes, parece bem mais simples do que se imagina. O grande segredo está na capacidade dos treinadores de perceberem o que deve ser feito – e como chegar ao objetivo proposto, de acordo com o material humano disponível

    Todos os treineiros buscam a simplicidade. O problema é que se pegar uns cinco treineiros cada um vai ter uma percepção diferente de como chegar ao objetivo proposto de forma mais simples, e possivelmente nenhum terá a resposta correta, mas todos terão nos microfones, depois das derrotas, explicações para suas decisões furadas – exceto o treineiro messiânico gremista indemitivel, que não tem explicação nunca, nem para quatro volantes num jogo nem para quatro atacantes no seguinte. Os colorados tem sorte de ter um treinador demitivel. O Grêmio, para desencanto meu, só resolverá seus furos em 2018 (e isso por minha fé de que o treineiro não vai mais aguentar a distância do Rio.)

    O Grêmio, nos últimos dois anos, tomou gosto pelo futebol moderno, faz isso melhor que os outros, trabalha isso, martela isso, manteve isso, e isso é elogiável; mas falta competência em comissão técnica e jogadores melhores pontuais para colocar esse futebol moderno num nivel mais alto. Um treinador europeu não daria certo, acho, mas quem sabe um sulamericano com experiência na europa? (não gosto de futebol sulamericano, gosto do futebol europeu, todo resto no mundo é segunda categoria) Poxa, Tata Martino estava livre até pouco tempo, parece que está nos EUA…. O salário dele não é gasto é investimento. O Grêmio com Martino e sem Luan joga mais do que com o treineiro e Luan.

  6. Roberto disse:

    Nas duas próximas semanas teremos jogos pela Copa do Brasil, Brasileirão série A e Copa Libertadores da América. Os dois jogos do inter serão por qual campeonato?

    • Rodrigo R. disse:

      O Grêmio não quer Brasileirão, Roberto. Libertadores e copinha do brasil apenas, de resto amistosos. Brasileirão de pontos corridos, segundo os dirigentes e o treineiro, é areia demais para o nosso caminhãozinho. O nosso negócio é copinhas e fazer marketing de “Rey de Copas”, como se essas copas fossem as do Independiente.

  7. CAMPEÃO DE TUDO disse:

    Sabemos bem o que acontece em campo após treinos fechados. Deve ser porque como nestes treinos o objetivo é “esconder o jogo” depois nem os próprios jogadores e “treinadores” encontram!

  8. INTERminável COLORADO disse:

    E nada da direção se mexer e repor as peças que o time necessita…

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